Pesquisas em andamento

A SCIENCE iniciou em 22 de outubro de 2022 a coleta de dados da Pesquisa Saúde Brumadinho 2022. Esta é a segunda rodada da pesquisa domiciliar longitudinal coordenada pelo Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Minas). A pesquisa permitirá avaliar as condições de saúde dos residentes de 12 anos ou mais no município de Brumadinho, MG, após o rompimento das barragens da mina do Córrego do Feijão.
Nesta segunda rodada serão visitados todos os domicílios que participaram da primeira rodada (cerca de 1.500), realizando entrevistas presenciais dos domicílios e seus moradores elegíveis (de 12 anos ou mais de idade na primeira rodada) para avaliar suas condições de saúde. A pesquisa também tentará localizar todos os indivíduos elegíveis que participaram da primeira rodada, mas que tenham se mudado de Brumadinho para qualquer outro município da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A pesquisa levantará informações sobre características do domicílio e das condições de saúde, incluindo alimentação, uso dos serviços de saúde, além de informações antropométricas e pressão arterial, entre outras.

Em uma parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Science é responsável pela coleta de dados da Pesquisa Domiciliar Participativa (PDP) do Projeto Rio Doce, que visa identificar e valorar os danos socioeconômicos provocados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em novembro de 2015.
A Pesquisa Domiciliar Participativa (PDP) do Projeto Rio Doce tem dois grandes objetivos:
1 – Diagnosticar as condições socioeconômicas atuais da população que reside na área delimitada como atingida, formada por 45 municípios nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
2 – Avaliar os possíveis impactos do desastre nas trajetórias de trabalho e renda das pessoas atingidas.
A partir de junho de 2022, por um período de 4 meses, a PDP realizará entrevistas em cerca de 5 mil domicílios na área delimitada como atingida pelo desastre. A pesquisa também coletará informações em outros 5 mil domicílios em uma área de comparação, composta por municípios com condições socioeconômicas semelhantes aos atingidos, nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Rio de Janeiro.
Informações sobre a PDP estão disponíveis no cartaz, no folder e no link: https://projetoriodoce.
Site oficial do Projeto Rio Doce: projetoriodoce.fgv.br
Site do Projeto
Liderada pela Secretaria de Estado de Saúde da Paraíba, com apoio do Observatório de Síndromes Respiratórias da UFPB, a pesquisa Continuar Cuidando – Observatório de COVID-19, foi realizada pela SCIENCE, que definiu o plano de amostragem, realizou a coleta dos questionários, processou e analisou os dados, entregando os relatórios pactuados.
“Conhecer como a pandemia afetou, e está afetando, a vida das pessoas, as condições de saúde delas e a rotina das famílias.” Segundo Daniel Beltrammi, Sec. Exec. De Saúde – PB, este foi o objetivo principal da Pesquisa Continuar Cuidando.
Adotando estratégia desenvolvida, testada e aplicada com sucesso pela SCIENCE em estudos anteriores, a equipe de coleta foi acompanhada por Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para evitar ter questionários de participantes sem os resultados de exames e vice-versa.
Os ACS realizavam punção digital para os testes rápidos e a coleta de material da orofaringe para o teste RT-PCR, enquanto o entrevistador fazia o preenchimento do questionário.
A pesquisa forneceu estimativas de prevalências baseadas nos três marcadores contidos nos dois testes. O teste rápido fornecia resultados imediatos, que eram anotados no dispositivo móvel de coleta, e comunicados aos participantes da pesquisa durante abordagem no campo. O material colhido para o teste RT-PCR (considerado mais preciso para detecção de infecção atual pela COVID-19) era remetido ao LACEN-PB em João Pessoa para análise, sendo seus resultados comunicados aos participantes dias depois.
A pesquisa estimou, ao final do período de coleta, que cerca de 10% da população da Paraíba (pouco mais de 400 mil pessoas) já apresentavam anticorpos para o novo coronavírus, indicando que já haviam sido infectadas. Este número é mais que o dobro do número de casos confirmados registrados no Estado ao término da pesquisa (cerca de 174 mil), confirmando o valor da pesquisa amostral de base domiciliar para fornecer um retrato mais abrangente da prevalência de contaminação da população pelo vírus.

Liderado pelo Professor Doutor José Cassio de Moraes, do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com financiamento do CNPq (Processo nº 404131/2019‐0), o Inquérito de Cobertura Vacinal (ICV) está sendo realizado pela SCIENCE em todos os municípios das capitais, Brasília, Campinas, Caruaru, Imperatriz, Joinville, Londrina, Petrópolis, Rio Verde, Rondonópolis e Sele Lagoas.
O ICV tem como principal objetivo estimar a cobertura vacinal da população de crianças nascidas vivas nos anos de 2017 e 2018 nos 20 municípios indicados, o que exige a realização de entrevistas domiciliares em uma amostra representativa de 29.700 domicílios com crianças elegíveis. O ICV vai também permitir conhecer a opinião dos responsáveis sobre a necessidade ou não de vacinar as crianças e obter fotografias das cadernetas de vacinação das crianças, para avaliar o cumprimento do calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização (PNI).
A principal motivação do ICV é tentar diagnosticar as causas da queda na cobertura vacinal que vem sendo observada pelos registros do PNI e que tem causado o retorno de doenças antes consideradas erradicadas no Brasil.
O ICV é organizado como um inquérito multicêntrico, tendo um coordenador em cada estado, auxiliado por bolsistas do inquérito e por técnicos responsáveis por digitar as datas das vacinas de cada criança a partir das fotografias tiradas.
A equipe de coleta da SCIENCE utiliza um sistema de entrevistas estruturadas aplicadas com dispositivos móveis de coleta. O sistema transmite os dados e fotografias de forma criptografada para o centro de apuração. O ICV utiliza ainda um sistema online de digitação das datas das vacinas, a partir das fotografias que são apresentadas na tela do computador do digitador e gravadas no banco de dados do inquérito.

Conduzido no Brasil, México e Peru, o projeto Implementation of Pre Exposition Prophylaxis (ImPrEP) funcionará como etapa preparatória para estabelecer serviços integrados de Profilaxia Pré-exposição (PrEP) nos três países, abordando aspectos estratégicos para a sua implantação.
Desenvolvido pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), vinculada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o projeto conta com financiamento da Unitaid, iniciativa global para combater doenças graves em países de média e baixa renda, com ênfase em tuberculose, malária e HIV/Aids.
O objetivo do ImPrEP é contribuir para a redução da incidência do HIV entre homens que se relacionam sexualmente com homens (HSHs) e mulheres transgênero (TGWs), por meio da inserção da Profilaxia Pré-exposição (PrEP) como um componente de serviços abrangentes de prevenção ao vírus.
O projeto será implantado em 38 cidades, e o medicamento será fornecido para 7.500 HSHs e TGWs. A expectativa é contribuir para o aumento da utilização da PrEP entre HSHs e TGWs de alto risco nos três países participantes do projeto. A estratégia central para alcançar o resultado pretendido é adotar uma implementação multicêntrica, composta pelas seguintes intervenções: teste de HIV e verificação de elegibilidade para PrEP; inscrição e entrega de medicamentos de PrEP; e aconselhamento e acompanhamento de uso efetivo.
A população de estudo é composta pelos participantes do ImPrEP que, por adesão voluntária, aceitaram integrar o ensaio clínico e pelos respectivos pares que eles tiverem encaminhado, denominados “recrutados”.
Os participantes serão distribuídos aleatoriamente em blocos de dez indivíduos entre os grupos de intervenção e de controle. Os participantes do grupo de intervenção receberão cinco cupons de atendimento prioritário com cinco autotestes para HIV enquanto os do grupo de controle terão apenas cinco cupons de atendimento prioritário. Os recrutados que comparecerem ao serviço de saúde serão testados para HIV e, se elegíveis, serão incluídos no ImPrEP.
A hipótese investigada é que o autoteste aumenta o número de recrutados que chegam ao serviço de saúde. O tamanho da amostra será determinado em uma análise intermediária, a ser realizada quando cada cidade tiver obtido 70 participantes. O número máximo de participantes é de 876 HSHs e TGWs (438 no grupo de intervenção e 438 no grupo de controle), incluídos no estudo ImPrEP e que tiverem feito a Profilaxia Pré-exposição por pelo menos 6 meses.
A Science desenvolveu todos os sistemas computacionais para realização do estudo: randomização dos participantes; preenchimento dos questionários dos participantes e recrutados; controle de liberação dos autotestes; produção de relatórios semanais de acompanhamento; e gerou os arquivos para processamento e análise. O cálculo do tamanho final dos grupos do ensaio e a análise dos resultados também estão a cargo da Science.

Elsi-Brasil é uma pesquisa longitudinal, de base domiciliar, conduzida em amostra nacional representativa da população com 50 anos ou mais.
Nesse tipo de estudo, um grupo de pessoas que compartilham uma mesma característica é acompanhado ao longo de um período de tempo predefinido. No caso do Elsi, o objetivo é examinar os fatores sociais e biológicos que determinam o envelhecimento e suas consequências para os indivíduos e a sociedade.
O projeto é coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – unidade Minas Gerais e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A primeira onda da pesquisa foi realizada em 2015 e 2016, com financiamento do Ministério da Saúde e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação. Contou com a participação de 9.412 pessoas de 70 municípios situados nas cinco regiões brasileiras.
Para realizar a segunda rodada do Elsi, a Science foi contratada, por inexigibilidade, pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), vinculada à UFMG. Nesta etapa, os pesquisadores devem encontrar e entrevistar todos os 9.412 participantes da primeira rodada. Precisam ainda complementar a amostra com novos adultos residentes nos domicílios dos entrevistados – ou em outros domicílios dentro dos mesmos setores censitários –, para assegurar um total de entrevistados igual ou maior que o da primeira rodada.
A coleta de dados do Elsi foi iniciada em 30 de julho de 2019 e ainda está em curso. Os resultados vão gerar informações estratégicas, com potencial de subsidiar políticas para a promoção do envelhecimento ativo e para a melhoria da atenção à saúde de pessoas em idades mais avançadas. Por adotar metodologia semelhante à de outros estudos longitudinais ao redor do mundo, o estudo também vai possibilitar comparações internacionais.